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A máquina estatal ganhou, com os princípios democráticos, maior capacidade de auto-regeneração. Mas, por outro lado, ela manteve e incrementou os elementos mecânicos (platônicos…) do poder, com a burocracia. As massas apresentam suas reivindicações múltiplas, mas cujos elementos constantes entram no campo dos serviços que deveriam ser prestados pelos poderes: educação, saúde, segurança, cultura, emprego. Entre o domínio dos escritórios e as movimentações das massas, os governantes agem como se a máquina estatal estivesse em plena forma. Mas ela está avariada e é obsoleta na maior parte de seus integrantes. Como sair dessa aporia entre poder maquinal e reivindicações democráticas?Roberto Romano é filósofo, é doutor pela École des Hautes Études en Sciences Sociales de Paris e professor titular da Unicamp.