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Secção de Documentários => Secção online => Documentários online => Tópico iniciado por: zegabriel em Terça, 19 de Junho, 2012 - 04h23

Título: Reparação (2010)
Enviado por: zegabriel em Terça, 19 de Junho, 2012 - 04h23
REPARAÇÃO

http://www.youtube.com/watch?v=1OLG9NtXSAY#ws (http://www.youtube.com/watch?v=1OLG9NtXSAY#ws)


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O documentário “Reparação” (2010), dirigido por Daniel Moreno, é uma boa fonte de informação para o interessado em compreender os fatos sobre os quais a “Comissão da Verdade” deveria se debruçar (o vídeo completo pode ser acessado no link abaixo). Entre os depoimentos registrados são relevantes, sobretudo, os de Orlando Lovecchio e o do historiador Marco Antonio Villa.

Lovecchio foi uma das vítimas do atentado a bomba no Consulado Americano, na cidade de São Paulo. A ação terrorista foi promovida pela VPR (Vanguarda Popular Revolucionária) no ano de 1968. A explosão decepou uma das pernas de Lovecchio, frustrando o sonho do então jovem de tornar-se piloto de avião. Enquanto ele ainda se esforça para receber uma indenização justa, os revolucionários, promotores do atentado que o mutilou, nadam em dinheiro – um deles recebe uma pensão pelo menos três vezes maior do que a sua.

O historiador Marco Antonio Villa, por sua vez, lança luz sobre alguns fatos do período histórico em questão. Villa observa que os movimentos guerrilheiros começaram antes de 1964, como ilustram as ações das Ligas Camponesas e o envio de militantes revolucionários para treinamento em Pequim. Portanto, se estes movimentos são anteriores a 1964, então a tese “revolucionária” - da luta armada como reação contra o golpe militar e reivindicação da “democracia” - é aniquilada. Não, o que os grupos revolucionários armados pretendiam, de fato, era instaurar no Brasil uma “ditadura do proletário”, inspirada nos regimes soviético, chinês e cubano. Porém, existia um hiato entre os grupos que promoviam a luta armada e a população – não houve qualquer manifestação popular de simpatia para com os atentados terroristas.

Enfim, o documentário de Daniel Moreno é uma rica fonte de informações, e um contraponto relevante contra a falsificação que uma “Comissão” pretende transformar em “Verdade” – em “verdade revolucionária”.