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Secção de Debate => Discussões => Discussão geral => Tópico iniciado por: feliphex em Segunda, 19 de Julho, 2021 - 17h10

Título: Indicação de escritor => Ignácio de Loyola Brandão
Enviado por: feliphex em Segunda, 19 de Julho, 2021 - 17h10
Garimpando em uma biblioteca um dia eu achei esse livro desconhecido desse autor desconhecido (para mim), e vi que a história se passava em um país desconhecido ... o livro era Não Verás País Nenhum (1981), comecei a ler e não consegui mais parar, fiquei abismado de nunca ninguém ter me indicado em uma mesa de bar, ou no futebol com os amigos, esse escritor, em 1981 ele já fazia o que para a geração de leitores do Harry Potter de hoje é algo comum, uma distopia ...

Sinopse:
"Publicado pela primeira vez em 1981, permanece mais contemporâneo do que nunca. A narrativa desenrola-se em um futuro não determinado; no entanto, cada vez mais presente – falta d’água, calor insuportável, desaparecimento das florestas, dos rios, flores artificiais, montanhas de lixo, controle da informação, excesso de população, fichas para circulação, filas para tudo, polícia corrupta e assustadora, governantes medíocres, alienação.

Nas ruas as bicicletas se amontoam. A ausência de veículos não diminui a aglomeração. Os ciclistas invadem as faixas de ônibus, sobem nas calçadas, atropelam.

Quem narra é Souza, um indignado professor de História afastado de suas funções pela lei de segurança. Leitura obrigatória em tempos como os de agora em que se faz urgente alertar nossos jovens para os perigos que ameaçam nossa sobrevivência no planeta."


no final descobri que nada disso era desconhecido, tudo tinha uma relação bem próxima com a minha realidade, só estava ali esperando para ser descoberto ... em 2018 antes da pandemia ele escreveu: Desta terra nada vai sobrar, a não ser o vento que sopra sobre ela

qualquer semelhança com 2020/2021 pode não ser mera coincidência ...

Sinopse:
A narrativa de Desta terra nada vai sobrar, a não ser o vento que sopra sobre ela transcorre num futuro indeterminado, em que, ao nascer, todos recebem tornozeleiras eletrônicas, são seguidos, vigiados, fiscalizados por câmeras instaladas nas casas, ruas, banheiros. Nesta terra estranha, e ao mesmo tempo tão próxima de nós, a peste se tornou epidemia que dissolve os corpos. A autoeutanásia foi legalizada para idosos. Para o governo, quanto mais longevos morrerem, melhor.

Circulam os comboios de mortos das mais variadas doenças. Os ministérios da Educação, Cultura, Direitos humanos e Meio Ambiente foram extintos. As escolas foram abolidas. A política, matéria rara, se tornou líquida. Coexistem 1.080 partidos. E ninguém governa verdadeiramente. Uma nação moderna, mas arcaica. No meio disso tudo, conhecemos o desenrolar da história de amor entre Clara e Felipe, conturbada como o mundo em que vivem.


https://pt.wikipedia.org/wiki/Ign%C3%A1cio_de_Loyola_Brand%C3%A3o (https://pt.wikipedia.org/wiki/Ign%C3%A1cio_de_Loyola_Brand%C3%A3o)