Autor Tópico: Brain Control Monkey - Miguel Nicolelis  (Lido 1459 vezes)

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zegabriel

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Brain Control Monkey - Miguel Nicolelis
« em: Terça, 08 de Novembro, 2011 - 02h31 »
Brain_Control_Monkey - Legendado







Informações Sobre Miguel Nicolelis e Seu Trabalho
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O pesquisador Miguel Angelo Laporta Nicolelis iniciou sua carreira de pesquisador durante o curso de medicina na Universidade de São Paulo, onde iniciou seus trabalhos com implante de próteses no cérebro de cobaias. O primeiro prêmio recebido foi em 1984, ano de sua formatura: “Prêmio Oswaldo Cruz pela excelência em pesquisa em medicina interna e preventiva, USP”. A partir de 1985, iniciou suas pesquisas na área de neurofisiologia, tendo desenvolvido seu doutorado na pesquisa de um sistema de micro-computação para avaliação das propriedades estruturais e fisiológicas de redes neurais. O pós-doutorado foi concluído em 1992 na Universidade Hahnemann (Estados Unidos). Desde 1994 atua como professor na Universidade Duke (Estados Unidos), liderando, atualmente, um grupo de pesquisadores da área de Neurociências.

Os resultados de seu trabalho começaram a se destacar em 1999, quando conseguiu que uma macaca (Belle) movimentasse um braço mecânico por meio de impulsos nervosos captados por um implante em seu cérebro1. Neste primeiro experimento, foram registrados os sinais de 90 neurônios simultaneamente, o que, segundo Nicolelis, permitiu a obtenção de um sinal amplificado e de melhor qualidade. O trabalho de Miguel nessa área, por ele denominada interface cérebro-máquina, foi considerado, em 2001, pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), uma das dez tecnologias em desenvolvimento que mudarão significativamente o mundo.

Em janeiro de 2008, o cientista conseguiu pela primeira vez que um robô andasse somente por meio de sinais cerebrais. Um detalhe importante é que esses sinais foram enviados via internet a um robô no Japão por uma macaca que estava nos EUA. Para a realização do experimento, a macaca Idoya foi treinada por dois meses a caminhar em uma esteira, enquanto eletrodos implantados na chamada área da perna de seu cérebro registravam a atividade de 250 a 300 neurônios. Os sinais recebidos eram traduzidos por um software sob a forma de padrões de movimento. Esta quantidade de neurônios monitorada permitiu o acompanhamento dos sinais registrados durante as movimentações do calcanhar, do joelho e da bacia, o toque dos pés no chão, bem como os sinais de antecipação dos movimentos da macaca.

Durante o experimento, Idoya observava a movimentação do robô por meio de um telão instalado em sua frente. A cada movimento realizado pelo robô ela recebia um estímulo alimentar. Os movimentos do robô se assemelhavam em 90% aos da macaca. Após cerca de uma hora, a esteira foi desligada e observou-se o que aconteceria: a locomoção do robô foi mantida somente com o pensamento de Idoya, já que ela não estava se movimentando. Este dado comprovou experimentos prévios que mostraram a ativação de cerca de 20% dos neurônios do córtex motor de um macaco durante a movimentação de um braço robótico.
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