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Um operador de câmara e um técnico de som chegam ao Corvo em 2007, a ilha mais pequena do arquipélago dos Açores. O Corvo é um grande rochedo de 6 quilómetros de comprimento por 4 de largura em pleno oceano Atlântico, com uma cratera de vulcão, e uma única vila habitada por 440 pessoas. Pouco a pouco, a pequena equipa de filmagens vai sendo aceite pela população da ilha, mais duas pessoas a juntar-se a uma civilização com quase 500 anos, cuja história é difícil reconstruir, tal é a falta de registos e memórias escritas. Filmado a um ritmo vertiginoso durante alguns anos, auto-produzido entre chegadas, partidas e regressos, É NA TERRA NÃO É NA LUA ergue-se como um diário de bordo de um navio e transforma- se numa manta de retalhos de descobertas e experiências, acompanhando a vida quotidiana de uma civilização isolada no meio do oceano.É o filme de uma longa odisseia atlântica, dividido em 14 capítulos, que mistura registos antropológicos, literatura, arquivos perdidos, e histórias mitológicas e autobiográficas.O filme do português Gonçalo Tocha "É na Terra não é na Lua", sobre a vida na ilha açoriana do Corvo, foi o vencedor da competição internacional do IX DocLisboa - Festival Internacional de Cinema.O documentário, que valeu ao realizador uma menção honrosa no Festival de Locarno 2011, na Suíça e concorria com mais 12 filmes, recebeu o Grande Prémio Cidade de Lisboa para melhor longa ou média metragem.Rodado durante quatro anos na ilha do Corvo, "É na Terra e não na Lua", de 180 minutos, "é uma espécie de arquivo contemporâneo em movimento" de "uma micro-comunidade, fechada em si própria", nas palavras de Gonçalo Tocha.