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Nenhum movimento de protesto é "espontâneo", no sentido preciso do termo. Mas as "jornadas de junho" eclodiram a partir de correntes políticas quase insignificantes e nunca incorporaram os grandes partidos, as centrais sindicais ou os principais movimentos populares -- e, nas suas margens, emergiram grupos que se movem ao redor da teoria da "ação direta". O que isso indica sobre o sistema político brasileiro? Aí se encontra uma fonte de força ou, ao contrário, de fraqueza dos protestos de massa?Demétrio Magnoli é sociólogo, doutor em Geografia Humana e integrante do Grupo de Análises da Conjuntura Internacional da USP (GACINT-USP).Palestra editada.