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Nesta série alucinante, o Professor Al-Khalili mostra como, ao desvendar seus segredos, os cientistas usaram a luz para revelar quase tudo que sabemos sobre o universo. Mas nos últimos 30 anos nós descobrimos que, longe de vermos tudo, nós não vemos praticamente nada. Nossa melhor estimativa é de que mais de 99% de nosso Universo está, na verdade, escondido na escuridão.Episódio 01: A Luz A história de como usamos a luz para revelar o cosmos começa no Século 3 A.C, quando, ao tentar compreender os truques de perspectiva, o matemático grego Euclides descobriu que a luz viaja em linhas retas, uma descoberta que significava que, se pudéssemos desviá-la de seu percurso retilíneo, poderíamos mudar a forma com que vemos o mundo. Na Itália renascentista, 2.000 anos depois, Galileu Galilei fez exatamente isso, usando as lentes de seu simples telescópio, para revelar nosso verdadeiro lugar no cosmos. Com cada novo insight sobre a natureza da luz, surgiu uma nova compreensão do cosmos.Ela nos permitiu penetrar nas profundezas do espaço e, até mesmo, revelar a composição e o ciclo de vida das estrelas. Nos anos 1670, o astrônomo dinarmaquês Ole Roemer descobriu que a luz viajava a uma velocidade finita, uma descoberta que teria uma implicação profunda. Isso significava que, quanto mais longe olhássemos para o universo, mais além estaríamos vendo de volta no tempo. E, em 1964, ao detectar uma radiação de microondas de fundo, o resplendor do Big Bang, nós captamos a luz mais antiga do universo e vimos o máximo de tempo possível no passado que a luz nos permite ver.Episódio 2: EscuridãoO Professor Jim Al-Khalili conta a história de como deixamos de pensar que tínhamos uma noção quase completa do universo para dar-se conta de que não vemos quase nada dele. Hoje, nossa melhor estimativa é de que mais de 99% do cosmos está oculto na escuridão, invisíveis para os telescópios e além da nossa compreensão. As primeiras pistas de que deveria haver mais do que os nossos olhos podem ver surgiu a partir do assombro em 1846, com a descoberta do planeta Netuno. Ele foi difícil de ser encontrado, porque, a 4 bilhões de quilômetros de distância do Sol, havia pouca, porém preciosa luz para iluminá-lo e, tal qual 89% de todos os átomos do universo, ele não emitia praticamente luz alguma. Em meados do Século XX, os cientistas descobriram algo ainda mais estranho - a matéria escura - algo que simplesmente não era visto; que era, fundamental, impossível de ser visualizada. De fato, para explicar o posicionamento das galáxias e como elas se formaram, em primeiro lugar, precisava haver 4 vezes mais matéria escura do que havia de matéria atômica convencional. No final dos anos 1990, cientistas tentando medir precisamente o quanto de matéria escura havia no universo, descobriram algo ainda mais evasivo lá fora - a energia escura,uma força nova e misteriosa que estava expandindo o Universo, e que se supunha constituir até 73% dele. Finalmente, Jin explora a jornada para revelar a natureza da energia escura e visualizar a matéria escura aglomerar as primeiras estrelas e galáxias - uma jornada que envolve mergulhar no período mais sombrio do passado cósmico.
Antes de mais nada, eu queria agradecer e parabenizar o autor das legendas. Realmente foi um trabalho de excelente qualidade.No entanto, percebi um ou dois enganos, e a título de contribuição, gostaria de citá-los, se me permitem:No primeiro episódio, se não me engano nas linhas 127 e 130, a palavra "spectacles" foi traduzida como "espéculo". Na realidade, no inglês britânico a tradução correta seria "óculos". Isso se torna claro, pois o assunto em pauta é sobre a manufatura de lentes.Nas linhas 264, 268 e 322, "flea" é traduzido como "mosca", quando na realidade é "pulga" (a palavra para "mosca" é "fly"). Aliás, percebe-se com clareza que o desenho é de uma pulga e não de uma mosca.No segundo episódio não se trata propriamente de um engano, mas creio que se traduzisse "torch" por "lanterna" ao invés de "tocha", ficaria melhor (linha 48, se não me engano).Por favor, espero que eu não tenha ferido susceptibilidades. Mesmo porque esses pequenos enganos não prejudicam em nada a compreensão do assunto tratado. Volto a afirmar que as legendas são de excelente qualidade, muito acima da média postada, inclusive por grupos que se dizem "profissionais". E por isso mesmo, pensei em dar uma pequena contribuição para aprimorá-la ainda mais.Por fim, novamente se me permitem, uma crítica ao documentário:Quando tratam do assunto da descoberta do "muito pequeno" através do microscópio, cometem uma tremenda "patriotada", dando a entender que a invenção do microscópio coube a Robert Hook. Sem dúvida foi o cientista inglês, quem realmente aperfeiçoou o instrumento e expandiu seu uso, sendo pioneiro no desbravamento científico do "muito pequeno", tendo inclusive descoberto a célula.Mas na realidade o crédito pela invenção do microscópio vai para Van Leewenhöek, de uma família holandesa de fabricantes de óculos (spectacles) quase um século antes. O grande mérito de Hook, foi dar uma abordagem científica ao mundo microscópico, até então tratado quase como mera curiosidade. Acho que Hook detestaria "piratear" a descoberta de Leewenhöek (desculpem o trocadilho, mas não resisti)...