Autor Tópico: Fotografado o primeiro planeta fora do Sistema Solar  (Lido 1375 vezes)

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FragaCampos

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Fotografado o primeiro planeta fora do Sistema Solar
« em: Sexta, 14 de Novembro, 2008 - 20h35 »
Viram planetas e sistemas solares a brilhar no céu e têm fotos para o provar

14.11.2008, Ana Gerschenfeld

Já se conhecia a existência de uns 300 planetas fora do nosso Sistema Solar. Mas pela primeira vez quatro deles deixaram-se fotografar. É uma novidade absoluta


Olhar para o planeta Saturno, mesmo através de um modesto telescópio, parece um acto banal, mas é na realidade uma experiência inesquecível. Essa bolinha branca e gélida, no meio do nada, com os seus anéis perfeitamente visíveis que reflectem na noite os raios de um Sol ausente, é tão familiar que quase parece que vamos conseguir tocar nela. Mas ao mesmo tempo é uma visão tão estranha, a solidão do espaço é tão absoluta e a distância tão intransponível, que olhar para ele torna-se estonteante.

Imagine agora o que sentiria se visse - se visse com os seus olhos -, pela primeira vez, planetas literalmente fora deste mundo (ou, melhor dito, fora deste sistema solar). Aliás, não é preciso imaginar. "Ia tendo um enfarte", diz Paul Kalas, da Universidade da Califórnia, em comunicado. "É uma experiência profunda e avassaladora poisar os olhos num planeta nunca antes visto." Com a sua equipa, Kalas fotografou, mesmo em luz visível, um planeta que gira em torno da estrela Fomalhaut (que em árabe significa "boca da baleia"), situada 25 anos-luz da Terra na constelação de Piscis austrinus (Peixe Austral). E foi no fim de Maio, quando finalmente, depois de anos de trabalho, os cientistas confirmaram que não se tratava de mera uma ilusão de óptica - confirmaram que Fomalhaut b (o tal planeta) girava efectivamente em torno da estrela-mãe -, que Kalas ia tendo um ataque, tal foi a emoção que sentiu ao ver - ao ver com os seus olhos - algo quase inimaginável até aí. A estrela que andava a observar há 15 anos, desde os seus dias de estudante universitário, tinha acabado de lhe dar a surpresa da sua vida.
A equipa de Kalas, que ontem ao fim da tarde revelou a novidade num artigo na versão on-line da revista Science, utilizou um dos mais potentes telescópios existentes: o telescópio espacial Hubble da NASA, e mais precisamente um dos seus instrumentos, a Advanced Camera for Surveys, para estudar o disco de poeiras com 34,5 mil milhões de quilómetros de extensão que envolve a estrela. Desde 2005 que suspeitavam, dadas as características particulares dessa gigantesca estrutura, que ela escondesse um planeta. "A gravidade [do planeta] Fomalhaut b é a principal razão pela qual o disco de poeiras à volta de Fomalhaut tem a forma de um anel e está descentrado em relação à estrela", salienta Kalas. Agora, temos a prova directa."
Versão "juvenil" de Saturno
Dos cerca de 300 exoplanetas descobertos até hoje, nenhum tinha sido assim captado pela objectiva. Os métodos habitualmente utilizados para detectar planetas em torno de outros sóis são indirectos, precisamente porque, como é fácil de perceber, os planetas em causa são dificilmente visíveis. Em vez disso, os cientistas procuram por exemplo variações periódicas do brilho da estrela, que pode significar que algo está a passar entre ela e nós, fazendo "sombra" - talvez um planeta. Este método, dito "dos trânsitos", é uma das maneiras de descobrir planetas extra-solares. Outro consiste em detectar pequenas oscilações na posição de uma estrela, devido à acção da gravidade de um possível planeta.
Só que o planeta Fomalhaut b teria sido impossível de detectar por estes métodos, porque é demasiado pequeno e está demasiado longe da sua estrela para lhe provocar tremores (a 17 mil milhões de quilómetros, dez vezes a distância de Saturno ao Sol). Para mais, demora 872 anos a completar uma órbita em torno de Fomalhaut e será preciso esperar muito tempo até ele passar entre nós e a estrela e perturbar a sua luminosidade.
Foi por isso que os cientistas decidiram tentar ver o hipotético planeta em luz infra-vermelha. Qual não foi a sua surpresa quando Fomalhaut b surgiu nas imagens, não no infravermelho, onde se revelou invisível, mas em luz totalmente banal - no espectro óptico que os nossos olhos vêem naturalmente. "A descoberta em luz visível foi uma total surpresa", diz ainda Kalas. Por extraordinário que pareça, o planeta encontra-se suficientemente longe da estrela e é suficientemente brilhante para surgir nas duas fotografias que os cientistas obtiveram, em 2004 e 2006.
Um dos problemas com as imagens de alegados planetas obtidas até agora, explica o cientista, é que esses planetas parecem ser todos tão maciços (mais de 13 vezes a massa de Júpiter) que ninguém sabe se não serão na realidade anãs castanhas (estrelas "falhadas") em vez de planetas. Mas este não é o caso de Fomalhaut b, que, segundo um outro artigo que deverá ser publicado no Astrophysical Journal pela mesma equipa, tem uma massa compreendida em 0,3 e duas vezes a de Júpiter. "Se fosse mais maciço do que isso", diz o astrónomo, "a sua gravidade destruiria o vasto anel de poeiras em torno da estrela." Diga-se de passagem que os cálculos que levaram a esta conclusão demoraram vários meses.
Para os cientistas, uma das razões para o planeta ser visível em luz visível poderá ser a presença de "um sistema da anéis tão vasto que, em comparação, os de Saturno são uma miniatura", diz ainda Kalas. Fomalhaut b seria assim uma versão "juvenil" de Saturno, na altura em que o Sistema Solar tinha apenas 100 milhões de anos.
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Re: Fotografado o primeiro planeta fora do Sistema Solar
« Resposta #1 em: Domingo, 16 de Novembro, 2008 - 14h20 »
e que tal postar as fotos
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Re: Fotografado o primeiro planeta fora do Sistema Solar
« Resposta #2 em: Segunda, 17 de Novembro, 2008 - 15h49 »
O google é amigo ;)

« Última modificação: Segunda, 17 de Novembro, 2008 - 15h50 por FragaCampos »
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Re: Fotografado o primeiro planeta fora do Sistema Solar
« Resposta #3 em: Segunda, 17 de Novembro, 2008 - 19h10 »
Não tiras-te essa foto do Senhor dos Anéis?  :lol:
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