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A presença evangélica no cenário político brasileiro começou a se intensificar só nas últimas décadas, a partir dos anos 1980, durante o processo constituinte. Os motivos para esse despertar tardio, ou para essa visibilidade mais recente, são políticos, econômicos e religiosos. Apesar de recente, a participação mais visível e mais agressiva dos evangélicos no mundo da política tem gerado um amplo debate na sociedade brasileira e colocado novos (ou antigos?) questionamentos à laicidade do Estado. Os evangélicos têm-se inserido, cada vez mais, no campo político, conquistando uma crescente representação nos poderes públicos, participando efetivamente da definição da agenda política em todos os níveis. Sua atuação na política partidária brasileira é marcada por forte corporativismo e as posturas de seus representantes são predominantemente conservadoras e tradicionalistas. Sem dúvida, não se pode correr o risco de entender os parlamentares evangélicos como um grupo coeso, como parte de um movimento uniforme com atuação política uniforme. Porém, no que tange aos temas mais diretamente ligados à sexualidade, pode-se verificar uma maior propensão ao conservadorismo moral, sendo essa também a tendência de parte do eleitorado.