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Em obras que mudaram o entendimento do que é doença e o que é normalidade, o neurologista norte-americano propõe um real envolvimento, vital para o tratamento, do médico com o paciente
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Foi ele que "tratou pacientes pós-encefalíticos utilizando uma droga recém descoberta, em Mount Carmel, no final da década de 1960. Mount Carmel era um hospital para doentes crônicos, onde estavam confinados aproximadamente 80 pacientes pós-encefalíticos que teriam sobrevivido à grande epidemia de doença do sono (encefalite letárgica) que ocorreu após a I Guerra. Sacks esteve pela primeira vez em Mount Carmel em 1966 e, nessa época, os médicos consideravam que hospitais ou asilos para doentes crônicos eram lugares desinteressantes, onde breves visitas aos doentes confinados nestes hospitais eram mais do que suficientes.Clinicar em Mount Carmel foi uma decisão autentica tomada por Sacks, a qual provavelmente contrastava com os interesses predominantes da comunidade médica na época. No livro "Tempo de despertar" (que forneceu material para o filme), o autor revela porque decidiu estudar a doença do sono: “O que me instigou na época foi o espetáculo de uma doença que nunca era a mesma em dois pacientes, uma doença que podia assumir qualquer forma possível — denominada corretamente fantasmagoria pelos que primeiro a estudaram”.Em 1969, Sacks começou a ministrar a droga que teria permitido o despertar de seus pacientes e resultado numa experiência fascinante, reveladora de efeitos e comportamentos absolutamente inesperados. Na época, a L-dopa (levodihidroxifenilalanina), um medicamento desenvolvido para sanar a carência do neuro transmissor dopamina, era considerada uma droga experimental e a sua utilização estava condicionada a supervisão do FDA (Food and Drug Administration)".