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Congo é um antidocumentário de Arthur Omar quase todo construído com letreiros que ocupam o lugar das imagens. Ele se propõe a ser um "filme em branco", uma crítica do olhar colonizador da Antropologia, a qual reduziria a violência inerente às práticas populares a simples descrições científicas.Em Congo, apesar do título, nenhuma imagem da congada é mostrada, a cerimônia é apenas sugerida por meio de textos alusivos aos eventos, tal como eles apareciam na imaginação erudita. Aqui Omar opera uma espécie de regressão propositadamente selvagem: o vídeo deixa de funcionar como um instrumento de saber e se converte num dispositivo de transferência perceptiva.