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“A rota do escravo: uma visão global” é um documentário educativo dirigido por Georges Collinet com apoio e patrocínio da Unesco. Com depoimentos de historiadores de diversos países, apresenta um panorama histórico da escravidão desde o início da Era Cristã com o comércio de escravos pela rota rota transaariana em direção ao mar Vermelho e Oceano Índico.Segundo Jocelyn Chan Low, historiador da República de Maurício, o comércio humano não se limitou a africanos mas envolveu também escravos da Índia, da Malásia e do sudeste da Ásia cujo centro estava na ilha de Madasgascar. Africanos do leste vindos da região do Chifre da África (atuais Somália, Djibouti, Eritreia e Etiópia) foram levados como escravos ou migraram como comerciantes ou soldados para a Índia onde eram conhecidos como “siddis”. O Império Otomano (século XVI ao XIX) também praticou o comércio de escravos que incluía tanto caucasianos (escravos brancos, portanto) quanto africanos. Hoje, descendentes de africanos são encontrados em várias partes da Turquia.O comércio de escravos realizado pelos europeus foi inicialmente voltado para a Europa (século XV) e décadas depois foi estendido à rota atlântica para abastecer as lavouras das colônias americanas. Entre os séculos XVI e XIX, cerca de 11 milhões de africanos foram enviados para as Américas, algo em torno de 500 e 700 mil cativos por ano! Populações de origem étnica diversa, sem homogeneidade cultural, política e social e que sequer se consideravam como “africanos”. O comércio humano, contudo, ignorou suas identidades culturais.Obrigado por compartilhar. Lembre-se de citar a fonte: https://ensinarhistoria.com.br/a-rota-dos-escravos/ - Blog: Ensinar História - Joelza Ester Domingues