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O crack pelo ponto de vista dos usuários e ex-usuários da droga. Esse é o tema do documentário “Inferno”, que será lançado nesta quinta-feira (25) no Cine Jardins. A entrada é gratuita.Dirigida por Thiago Moulin, a equipe que realizou o documentário mergulhou, durante quatro semanas seguidas, na rotina dos moradores de rua da região da Vila Rubim, em Vitória, oferecendo papel e tinta às pessoas que por ali circulavam. Assim conheceram Rodrigo Ribeiro, catador de papelão e usuário de crack, que surpreendeu a todos com sua visão lúcida sobre a droga e os motivos de existência da mesma.Com o mesmo método de imersão, a equipe foi apresentada ao cotidiano dos outros três personagens principais do documentário: Felipe Tolomei, jovem terapeuta de classe média, Genilton Queiroz, barbeiro e Leandro Martins, funcionário de um centro de recuperação de dependentes químicos. Em contato direto com suas rotinas, “Inferno” investiga seus caminhos até a droga e suas lutas diárias para se manter longe delas.“O documentário não almeja encerrar um debate, mas iniciá-lo. Por meio de quatro histórias de vidas tocadas pela droga, a proposta é que o documentário sirva de ponto de partida para uma reflexão mais ampla sobre os motivos de sua popularidade. O filme não pretende apontar soluções ou demonizar a droga, não indica um modelo de tratamento ou uma forma de combate ao comércio que seja mais eficaz que outro”, declara o diretor Thiago Moulin.Thiago Moulin enfatiza que “Inferno” é um documentário sobre pessoas e seu objetivo é que a partir dessas histórias se tenha material suficiente para refletir sobre como lidar com a questão da droga. O título do projeto - Inferno - também não busca limitar a visão do espectador, trata-se apenas de uma alusão à obra “A Divina Comédia”, de Dante Alighieri, que serviu de referência para o projeto.“Na obra, Dante, personagem principal, narra suas aventuras pelo inferno e purgatório até chegar ao paraíso. De forma análoga, ‘Inferno’ trata do mesmo assunto, deixando a cargo do espectador a definição sobre o que vem a ser esses espaços – inferno, purgatório e paraíso”, diz o diretor.O documentário foi contemplado pelo Edital de Produção de Documentário, em 2013, da Secretaria de Estado da Cultura (Secult).
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Tópico: Inferno (2015) (Lido 154 vezes)
