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É sem dúvida muito bom. Caso eu não tivesse visto o "What Happened to Our Dream of Freedom" ficaria com a nítida impressão que tinha sido 90% de incompetência de um Administração repleta de galifões. Mas incompetência a alto nível. Mas as coisas nem sempre são o que parecem e o que se passa no Iraque não é mais do que uma experiência dos EUA, tal como aconteceu noutras alturas e noutros pontos do globo.Claro que a experiência nunca prejudica os autores da mesma e do poder instituído. Nunca são os filhos deles que vão fazer uma guerra sem sentido. E os argumentos são sempre os mesmos desde (pelo menos em relação aos EUA) a 2ª Grande Guerra, onde os próprios Americanos tinham conhecimento do ataque de Pearl Harbor e permitiram que acontecesse para arrastar o país para a Guerra.
Para além destas questões, o documentário é o melhor que vi sobre esta questão do Iraque, porque conta todo o processo da invasão e o que (não) foi feito para estabilizar e erguer o país.De uma forma crua e nua, mostra a impotência dos intervenientes no terreno em relação ao desenrolar dos acontecimentos, e às ordens que vinham de pessoas sentadas em cadeiras em Washington.Fica-nos a imagem de um país sem rei nem roque, onde vale tudo para sobreviver, onde o fanatismo e o radicalismo encontrou um lugar seguro e a partir do qual se pode disseminar.Fica-nos a imagem de um país absolutamente destroçado, sem esperança, sem futuro.
Para além da crise humana que se vive no país, ficar-me-á para sempre na retina um dos maiores crimes culturais da Humanidade, quando o Museu de Nacional do Iraque em Bagdad foi pilhado e destruído, e com ele milhares de documentos e história da humanidade, para além de praticamente toda a história do país. Ironicamente... o Ministério do Petróleo foi o único edifício na capital iraquiana a ser protegido por tanques e soldados.
Enfim os 2 lados agiram mal, mas em guerra vale tudo...
Gunky, há uma diferença bastante grande entre uma pessoa que luta pela liberdade e para dar de comer à família, e outra que se voluntaria para ir para a guerra, ganhando muito bem e que é enviado para invadir um país baseado na mentira.