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É um documentário francês que demonstra a ineficácia do tratamento da psicanálise em relação ao autismo. Foi barrado na frança e praticamente não existe na web, a não ser e um link de youtube que consegui encontrar. - por tmangia.
No final de 2011 foi publicado na internet um documentário francês sobre a problemática visão psicanalítica do autismo. Pela reproduçãoO filme "Le Mur" ("The Wall" ou “O muro”) é o primeiro filme de Sophie Robert e já tem sido alvo de fortes críticas do “establishment” psicanalítico francês. Graças a um enorme esforço dos psicanalistas franceses, o filme tem permanecido escondido dos olhos do grande público e sequer conseguiu ser exibido nos cinemas ou na TV. O documentário de 52 minutos segue dois meninos autistas: Guillaume, que tem sido tratado com o método analítico-comportamental (popularmente conhecido como “ABA”), e Julien, que tem sido mantido institucionalizado há seis anos e submetido à psicanálise. Segundo o filme, Guillaume, apesar das dificuldades, tornou-se um autista de alto-funcionamento e frequenta a escola regular. Julien é muito calado e isolado da sociedade.Desde seu lançamento, a diretora já foi processada por três dos psicanalistas que Sophie Robert entrevistou para o filme. Eles alegam que ela os deturpou de modo a fazê-los parecer ridículos. Eles exigem a retirada do filme da internet e cerca de 400 mil euros de indenização. Recentemente, saiu um veredito favorável aos psicanalistas, mas ainda cabe recurso. Sophie já está obrigada a pagar a indenização, mas dificilmente se conseguirá evitar a exibição do filme, que já está amplamente disponível na rede.Curiosamente, Elizabeth Roudinesco, uma famosa psicanalista francesa, não acredita ter havido manipulação das entrevistas. Na verdade, ela acha que a diretora do filme apenas escolheu entrevistar psicanalistas muito dogmáticos. Em entrevista ao The New York Times, Roudinesco afirma que esses psicanalistas simplesmente expuseram sua posição fanática e antiquada de que o autismo é causado por uma mãe fria (a teoria da “mãe geladeira”). Se eles pareceram ridículos, é por que de fato o são!Sophie Robert disse que a versão da psicanálise que é mais comum na França, particularmente a escola pós-freudiana defendida por Jacques Lacan, toma como verdade que o autismo e outros problemas de saúde mental são causados ??pela relação das crianças com suas mães, ou por "loucura materna ". Na verdade, o que o filme mostra não é a “loucura” da mãe, mas a loucura de alguns desses psicanalistas que chegam a afirmar que as crianças autistas "estão doentes da linguagem - o autismo é uma maneira de se defender da linguagem." Para a questão sobre o que uma criança autista pode esperar do tratamento com a psicanálise, outro analista responde: "O prazer de ter interesse em uma bolha de sabão. Eu não posso responder qualquer outra coisa.""Muitas mães aqui vivem com medo dos serviços sociais", diz a diretora do filme. "Se você recusar a psicanálise para o seu filho, eles dizem: ‘Você está recusando tratamento’, e eles podem colocar o garoto em um asilo, se quiserem."Seja qual for o motivo, o Conselho da Europa constatou em 2004 que a França não tinha cumprido as suas obrigações educacionais com as crianças com autismo. De acordo com o Le Monde, apenas cerca de um quarto das crianças com o transtorno frequentam a escola na França, em comparação com os três quartos da Grã-Bretanha.Sophie Robert argumenta que há também um preconceito sobre "doenças americanas". Nos Estados Unidos e em muitos outros países, por exemplo, o transtorno de déficit de atenção/ hiperatividade (TDAH) é tratado com medicamentos em combinação com terapia comportamental. No sistema francês, é difícil simplesmente obter um diagnóstico. No sistema francês, o TDAH é visto como uma doença americana, ou que não existe.Sophie Robert observa que o tratamento do autismo utilizado para Guillaume aprender a falar foi o PECS. A técnica foi desenvolvida nos Estados Unidos, algo que tem dificultado a adoção pelos franceses. "Se você diz que é americano, isso é uma coisa muito ruim", disse ela.Mas há sinais de mudança. Sophie Robert foi recentemente laureada na Assembleia Nacional, depois de François Fillon, primeiro-ministro, anunciou que o autismo seria "a Grande Causa de 2012." Os pais têm mais fontes de informação sobre o transtorno e o tratamento e os médicos têm se atualizado nos mais recentes tratamentos em conferências internacionais. O domínio da psicanálise também está mostrando sinais de erosão. Há uma abertura um pouco maior para as correntes da psicologia nas universidades francesas.
The Wall is a documentary film made in 2011 by Sophie Robert about autism and psychoanalysis, which became the subject of a court case in France. The alternative full name of the film is The Wall or psychoanalysis put to the test on autism.The film considers the question of whether psychoanalysis is a suitable treatment for autism. The film argues that while the rest of the world considers autism as a neurological disorder caused by anomalies in a specific area of the brain, in France concepts of the condition remain dominated by psychoanalysis, which sees autism as a form of psychosis caused by difficulties in subjective relationships and ultimately caused by the actions of the mother. The film relies on extensive interviews with 11 French psychoanalysts in order to tease out the details of their beliefs, which the film contrasts with the progress made by children who follow other, behavioural, approaches to improving autistic children's ability to communicate. The film argues that the psychoanalytic approach to autism is based on ignorance and misogyny and leads to harmful consequences for autistic children who fall under the care of psychoanalysts. The film ends with Robert asking the psychoanalysts what an autistic child can realistically expect to gain from a psychoanalytic therapy; the psychoanalysts interviewed are shown not to be able to answer this question coherently.Three of the psychoanalysts interviewed in the film sued Ms Robert. The three plaintiffs (Eric Laurent, Esthela Solano, and Alexandre Stevens) expressed the view that they hold intellectual property rights to the footage filmed by Ms Roberts and that she edited it without their consent and thus distorted their comments.The court (Lille Regional Court) found against Robert thus banning the film.However this ban was overturned by a court of appeal in 2014. The appeal court found that while Robert may have misled the psychoanalysts as to the editorial line her film would take, she had not materially misrepresented their views in her editing of the footage. As of 2016 the film is available for viewing online.
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Tópico: Le Mur (2011) (Lido 4327 vezes)
